Hinos dos Estados Brasileiros

Acre (AC)
I
Que este sol a brilhar soberano
Sobre as matas que o vêem com amor
Encha o peito de cada acreano
De nobreza, constância e valor...
Invencível e grandes na guerra,
Imitemos o exemplo sem par
Do amplo rio que brilha com a terra,
Vence-a e entra brigando com o mar.

Estribilho
Fulge um astro na nossa bandeira,
Que foi tinto com sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis

II
Triunfantes da luta voltando,
Temos n'alma os encantos do céu
E na fronte serena, radiante
Imortal e sagrado troféu,
O Brasil a exaltar acompanha
Nossos passos, portanto é subir,
Que da glória a divina montanha
Tem no cimo o arrebol do porvir.

III
Possuímos um bem conquistado
Nobremente com as armas na mão ...
Se o afrontarem, de cada soldado
Surgirá de repente um leão.
LIBERDADE - é o querido tesouro
Que depois do lutar nos seduz:
Tal rio que rola, o sol de oiro
Lança um manto sublime de luz.

IV
Vamos ter como prêmio da guerra
Um consolo que as penas desfaz,
Vendo as flores do amor sobre a terra
E no céu o arco-íris da paz.
As esposas e mães carinhosas
A esperar-nos nos lares fiéis
Atapetam as portas de rosas
E, cantando, entretecem lauréis.

V
Mas se audaz estrangeiro algum dia
Nossos brios de novo ofender,
Lutaremos, sem cair, sem tremer...
E ergueremos então destas zonas
Um tal canto vibrante e viril
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil.

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Alagoas (AL)
Alagoas, Estrela radiosa,
Que refulge ao sorrir das manhãs,
Da República és filha donosa,
Maga Estrela entre estrelas irmãs.

A alma pulcra de nossos avós,
Como bênção de amor e de paz,
Hoje paira, a fulgir sobre nós,
E maiores, mais fortes nos faz.

Tu, liberdade formosa,
Gloriosa hosana entoas:
- Salve, ó terra vitoriosa,
- Glória à terra de Alagoas.

Salve, ó terra que entrando no templo
Calma e avante da indústria te vás;
Dando às tuas irmãs este exemplo,
De trabalho e progresso na paz!

Sus! Os hinos de glória já troam!
A teus pés os rosais vêm florir!
Os clarins e as fanfarras ressoam,
Te levando em triunfo ao porvir!

Tu, liberdade formosa,
Gloriosa hosana entoas:
- Salve, ó terra vitoriosa,
- Glória à terra de Alagoas.

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Amapá (AP)
Eia! Povo destemido
Deste rincão brasileiro,
Seja sempre o teu grito partido
De leal coração altaneiro.

Salve! Rico torrão do Amapá,
Solo fértil de imensos tesouros,
Os teus filhos alegres confiam
Num futuro repleto de louros.

(Estribilho)
Se o momento chegar algum dia
De morrer pelo nosso Brasil
Hão de ver deste povo à porfia (bis)
Pelejar neste céu cor de anil.

Eia! Povo herói, varonil
Descendente da raça guerreira,
Ergue forte, leal, sobranceira
A grandeza do nosso Brasil

Salve! Rico torrão do Amapá,
Solo fértil de imensos tesouros,
Os teus filhos alegres confiam
Num futuro repleto de louros.

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Amazonas (AM)
Nas paragens da história o passado
É de garra, pesar e alegria
É vitória pousando suas asas
Sobre o verde da paz que nos guia.

Assim foi que nos tempos escuros
Da conquista apoiada ao canhão
Nossos povos plantaram seu berço
Homens livres na planta do chão.

Amazonas e bravos que doam,
Sem orgulho, sem falsa nobreza
Aos que sonham seu canto de lenda
Aos que lutam mais vida e riqueza.

Hoje o tempo se faz claridade
Só triunfa a esperança que luta
Não há mais o mistério das matas
Um rumor de alvorada se escuta.

A palavra em ação se transforma
E a bandeira que nasce do povo
Liberdade há de ter no seu pano
Os grilhões destruídos de novo.

Amazonas e bravos que doam,
Sem orgulho, sem falsa nobreza
Aos que sonham seu canto de lenda
Aos que lutam mais vida e riqueza.

Tão radioso amanhece o futuro
Nestes rios de pranto selvagem
Que os tambores da glória já despertam
Ao clarão de uma eterna paisagem.

Mas viver os destinos dos fortes
Nos ensina, lutando a floresta
Pela vida que vibra em seus ramos
Pelas aves, suas cores, suas festas.

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Bahia (BA)
Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol é brasileiro.

Nunca mais o despotismo
Regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações.

Salve, oh! Rei da Campinas
De Cabrito e Pirajá
Nossa pátria hoje livre
Dos tiranos não será.

Nunca mais o despotismo
Regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações.

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer.

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Ceará (CE)
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que a tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha - esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada ao vê-las,
Ressoe a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.

Seja o teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada
Que importa que teu barco seja um nada,
Na vastidão do oceano
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em messes, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem do solo em rumorosas festas!

Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldando diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas
E foi na paz, da cor das hóstias brancas!

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Distrito Federal (DF)
Todo o Brasil vibrou
e nova luz brilhou
quando Brasília fez maior a sua glória
com esperança e fé
era o gigante em pé,
vendo raiar outra alvorada
em sua História.

Com Brasília no coração
epopéia a surgir do chão
o candango sorri feliz
símbolo da força de um país!

Capital de um Brasil audaz
bom na luta e melhor na paz
salve o povo que assim te quis
símbolo da força de um país!

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Espírito Santo (ES)
Surge ao longe a estrela prometida
que a luz sobre nós quer espalhar.
Quando ela ocultar-se no horizonte
há de o sol nossos feitos lumiar.

Nossos braços são fracos que importa?
temos fé, temos crença a fartar.
Supre a falta de idade e de força
peito nobre, valente, sem par.

(Estribilho)
Salve o povo espiritossantense
herdeiro de um passado glorioso
Somos nós a falange do presente
em busca de um futuro esperançoso.

Saudemos nossos pais e mestres,
a pátria que estremece de alegria.
Na hora em que seus filhos reunidos
dão exemplo de amor e de harmonia.

Venham louros, coroas, venham flores,
ornar os troféus da mocidade.
Se as glórias do presente forem poucas
acenai para nós posteridade.

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Goiás (GO)
No coração do Brasil,
domínio da primavera,
se estende a terra goiana,
que nos legou Anhanguera.

O bandeirante, atrevido
desbravador do sertão,
em cada pedra abalada,
deixou da audácia um padrão.

Em cada pico azulado,
no dorso da serra erguida
recorda a lenda encantada
de algum tesouro escondido.

Outrora a terra, esquecida,
mas sempre augusta no porte
viveu a lei do destino,
vergada aos lances da sorte.

Depois, volvida, alentada
do grato influxo estafante
do vil metal reluzente,
tornou-se Estado possante.

E hoje, estante, orgulhosa,
no labutar do progresso,
riquezas, dons naturais
ostenta um vasto recesso.

Este céu tão estrelado,
este solo tão fecundo
parecem provar destino
de ser o solar do mundo.

Este clima salutar,
esta brisa embalsamada,
noite e dia, são cantadas
nos trinos da passarada.

Seus lindos bosques nativos,
orlando campos e montes,
ao sol ocultando co’a sombra,
a clara linfa das fontes.

Buritizais alinhados,
quais batalhões da natura,
ali defendem com os leques,
da chá leveza e frescura.

De sul a norte, afinal,
da natureza no arquivo,
a fauna, a flora se enlaçam
em doce amplexo festivo.

Este solo que pisamos
hoje, em fraternal abraço,
é berço da liberdade,
da pátria amada um pedaço.

Outrora fora o retiro
dos filhos do Mucunana
mas hoje a terra, exaltada,
é nossa pátria goiana.

Goianos nobres, altivos.
Da liberdade alentados,
jamais consentem que os louros
da pátria sejam pisados.

Cantemos, todos, unidos,
da liberdade a vitória!
Mais um padrão ajuntemos
aos faustos da nossa história!

Salve plêiade cintilante
de patriotas goianos
que em sulcos e bênçãos pátrias
conquistam louros, ufanos!

Desperta além, mocidade,
a voz do grande ideal
de fazer Goiás fulgir
no vasto Brasil Central!

Vive o Brasil respeitado,
como nação soberana!
Viva o progresso encetado
na bela terra goiana!

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Maranhão (MA)
Entre o rumor das selvas seculares,
Ouviste um dia no espaço azul, vibrando,
O troar das bombardas nos combates,
E, após, um hino festival, soando.

(Estribilho)
Salve Pátria, Pátria amada!
Maranhão, Maranhão, berço de heróis,
Por divisa tens a glória
Por nome, nossos avós.

Era a guerra, a vitória, a morte e a vida
E, com a vitória, a glória entrelaçada,
Caía do invasor a audácia estranha,
Surgia do direito a luz dourada.

Quando às irmãs os braços estendeste,
Foi com a glória a fulgir no teu semblante
E foi sempre envolta na tua luz celeste,
Pátria de heróis, tens caminhado avante.

Reprimiste o flamengo aventureiro,
E o forçaste a no mar buscar guarida
Dois séculos depois, disseste ao luso:
- A liberdade é o sol que nos dá vida.

E na estrada esplendente do futuro,
Fitas o olhar, altiva e sobranceira,
Dê-te o porvir as glórias do passado
Seja de glória tua existência inteira.

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Mato Grosso (MT)
Limitando, qual novo colosso,
O ocidente do imenso Brasil,
Eis aqui, sempre em flor. Mato Grosso,
Nosso berço glorioso e gentil!
Eis a terra das minas faiscantes,
Eldorado como outros não há
Que o valor de imortais bandeirantes
Conquistou ao feroz Paiaguás!

(Bis) Salve, terra de amor, terra do ouro,
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!

Terra noiva do Sol! Linda terra!
A quem lá, do teu céu todo azul,
Beija, ardente, o astro louro, na serra
E abençoa o Cruzeiro do Sul!
No teu verde planalto escampado,
E nos teus pantanais como o mar,
Vive solto aos milhões, o teu gado,
Em mimosas pastagens sem par!

Hévea fina, erva-mate preciosa,
Palmas mil, são teus ricos florões,
E da fauna e da flora o índio goza,
A opulência em teus virgens sertões.
O diamante sorri nas grupiaras
Dos teus rios que jorram, a flux,
A hulha branca das águas tão claras,
Em cascatas de força e de luz.

Dos teus bravos a glória se expande
De Dourados até Corumbá,
O ouro deu-te renome tão grande
Porém mais, nosso amor te dará!
Ouve, pois, nossas juras solenes
De fazermos em paz e união,
Teu progresso imortal como a fênix
Que ainda timbra o teu nobre brasão.

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Mato Grosso do Sul (MS)
Os celeiros de farturas,
Sob um céu de puro azul,
Reforçaram em Mato Grosso do Sul
Uma gente audaz.

Tuas matas e teus campos,
O esplendor do Pantanal,
E teus rios são tão ricos
Que não há igual.

A pujança e a grandeza
de fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

Moldurados pelas serras,
Campos grandes: Vacaria,
Rememoram desbravadores,
Heróis, tanta galhardia!

Vespasiano, Camisão
E o tenente Antonio João,
Guaicurus, Ricardo Frando,
Glória e tradição!

A pujança e a grandeza
De fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

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Minas Gerais (MG)
O Estado de Minas Gerais não possui um hino oficial. Porém, a canção que ficou mais famosa no Estado e fora dele foi “Oh, Minas Gerais!”, adaptada da valsa italiana “Viene Sul Mare”, introduzida no Brasil por companhias líricas e teatrais entre os séculos XIX e XX.

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Pará (PA)
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!

(Estribilho)
Ó Pará, quanto orgulho ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D’Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D’Amazônia, princesa louçã!

***********************************
Paraíba (PB)
Salve, berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o Céu do Amor traçada!

No famoso diadema
Que a Pátria a fronte aclara
Pode haver mais ampla gema:
Não há Pérola mais rara!

Quando repelindo o assalto
Do estrangeiro, combatias,
Teu valor brilhou tão alto
Que uma Estrela parecias!

Tens um passado de glória,
Tens um presente sem jaça:
Do Porvir canta a vitória
E, ao teu gesto a Luz se faça!

Salve, ó berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o Céu do Amor traçada!

********************************
Paraná (PR)
O teu fulgor de mocidade,
Terra, tem brilhos de alvorada:
Rumores de felicidade,
Canções e flores pela estrada.

(Estribilho)
Entre os astros do Cruzeiro,
É s o mais belo a fulgir.
Paraná, serás luzeiro!
Avante! Para o porvir!

Outrora, apenas panorama
De campos ermos e florestas,
Vibras, agora, a tua fama
Pelos clarins das grandes festas.

A Glória!... A Glória!... Santuário!
Que o povo aspire e que
idolatre-a:
E brilharás com brilho vário,
Estrela rútila da Pátria!

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Pernambuco (PE)
Coração do Brasil, em teu seio
Corre o sangue de heróis rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
É s a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, do porvir

(Coro)
Salve! ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal
Nova Roma, de bravos guerreiros!
Pernambuco, imortal! Imortal!

Esses montes e vales e rios
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis,
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis!

Salve! ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal
Nova Roma, de bravos guerreiros!
Pernambuco, imortal! Imortal!

Do futuro és a crença, a esperança,
Desse povo que altivo descansa,
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!

Salve! ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal
Nova Roma, de bravos guerreiros!
Pernambuco, imortal! Imortal!

A República é filha de Olinda
Alva estrela que fulge e não finda
De esplendor com os seus raios de luz.
Liberdade um teu filho proclama,
Dos escravos o peito se inflama,
Ante o sol dessa Terra da Cruz!

Salve! ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal
Nova Roma, de bravos guerreiros!
Pernambuco, imortal! Imortal!

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Piauí (PI)
Salve terra que ao céu arrebatas
Nossas almas nos dons que possuis
A esperança nos verdes das matas
A saudade das serras azuis

(Estribilho)
Piauí terra querida
Filha do Sol do Equador,
Pertencem-te a nossa vida,
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Rio abaixo, rio arriba,
Espalham pelo sertão
E levam pelas quebradas,
Pelas várzeas e chapadas
Teu canto de exaltação.

Desbravando-te os campos distantes
Na missão do trabalho e da paz,
A aventura de dois bandeirantes
A semente da pátria nos traz.

Sob o céu de imortal claridade
Nosso sangue vertemos por ti;
Vendo a pátria pedir liberdade,
O primeiro que luta é o Piauí.

Possas tu no trabalho fecundo
E com fé, fazer sempre melhor
Para que no concerto do mundo
O Brasil seja ainda maior.

Possas tu conservando a pureza
Do teu povo leal progredir
Envolvendo na mesma grandeza
O passado, o presente e o porvir!

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Rio de Janeiro (RJ)
Fluminense, avante! Marchemos
À s conquistas da paz, povo nobre!
Somos livres, alegres brademos,
Que uma livre bandeira nos cobre.

(Estribilho)
Fluminenses, eia! Alerta!
Ó dio eterno à escravidão!
Que na Pátria enfim liberta
Brilha a luz da redenção!

Nesta Pátria, do amor áureo tempo,
Cantam hinos a Deus nossas almas;
Veja o mundo surpreso este exemplo,
De vitória, entre flores e palmas.

Nunca mais, nunca mais nesta terra
Virão cetros mostrar falsos brilhos
Neste solo que encantos encerra,
Livre Pátria terão nossos filhos.

Ao contar delirante dos hinos
Essa noite, dos tronos nascida,
Deste sol, aos clarões diamantinos,
Fugirá, sempre, sempre vencida.

Nossos peitos serão baluarte,
Em defesa da Pátria gigante;
Seja o lema do nosso estandarte
Paz e amor! Fluminenses, avante!

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Rio Grande do Norte (RN)
Rio Grande do Norte esplendente
Indomado guerreiro e gentil,
Nem tua alma domina o insolente,
Nem o alarde o teu peito viril!
Na vanguarda, na fúria da guerra
Já domaste o astuto holandês!
E nos pampas distantes quem erra,
Ninguém ousa afrontar-te outra vez!
Da tua alma nasceu Miguelinho,
Nós, como ele, nascemos também,
Do civismo no rude caminho,
Sua glória nos leva e sustém!

(Estribilho)
A tua alma transborda de glória!
No teu peito transborda o valor!
Nos arcanos revoltos da história
Potiguares é o povo senhor!

Foi de ti que o caminho encantado
Da Amazônia Caldeira encontrou,
Foi contigo o mistério escalado,
Foi por ti que o Brasil acordou!
Da conquista formaste a vanguarda,
Tua glória flutua em Belém!
Teu esforço o mistério inda guarda
Mas não pode negá-lo a ninguém!
É por ti que teus filhos descantam,
Nem te esquecem, distante, jamais!
Nem os bravos seus feitos suplantam
Nem teus filhos respeitam rivais!

Terra filha de sol deslumbrante,
É s o peito da Pátria e de um mundo
A teus pés derramar trepidante,
Vem atlante o seu canto profundo!
Linda aurora que incende o teu seio,
Se recama florida e sem par,
Lembra uma harpa, é um salmo, um gorjeio,
Uma orquestra de luz sobre o mar!
Tuas noites profundas, tão belas,
Enchem a alma de funda emoção,
Quanto sonho na luz das estrelas,
Quanto adejo no teu coração.

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Rio Grande do Sul (RS)
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da Liberdade

Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra

(estrofe retirada da versão original)
Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos
sejamos gregos na glória
E na virtude, romanos

Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.

****************************************
Rondônia (RO)
Quando nosso céu se faz moldura
Para engalanar a natureza
Nós os Bandeirantes de Rondônia
Nos orgulhamos
De tanta beleza.

Como sentinelas avançadas
Somos destemidos pioneiros
Que dessas paragens de um poente,
Gritam com força,
Somos Brasileiros.

Dessa fronteira
De nossa Pátria
Rondônia trabalha febrilmente
E nas oficinas
E nas escolas
A orquestração empolga toda gente.

Braços e mentes,
Forjam cantando
A apoteose
Deste rincão
E com orgulho, exaltaremos
Enquanto nos palpita o coração

Azul, nosso céu é sempre azul
Que Deus o mantenha sem rival
Cristalino muito puro
E conserve sempre assim.

Aqui, toda vida se engalana
De beleza tropical, (Bis)
Nossos lagos, nossos rios
Nossas matas, tudo enfim.

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Roraima (RR)
Todos nós exaltamos Roraima
Que é uma terra de gente viril,
É benesse das mãos de Jesus,
Para um povo feliz, varonil!
Amazônia do Norte da Pátria!
Mais bandeira pra o nosso Brasil!
Caminhamos sorrindo, altaneiros,
Almejamos ser bons brasileiros.

(Estribilho)
Nós queremos te ver poderoso,
Lindo berço, rincão Pacaraima!
Teu destino será glorioso,
Nós te amamos, querido Roraima!

Tua flora, o minério e a fauna
São riquezas de grande valor,
Tuas águas são limpas, são puras,
Tuas forças traduzem vigor.
Que beleza possui nossa Terra!
Sinfonia que inspira o amor!
O sucesso é a meta, o farol
No lavrado banhado de sol!

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Santa Catarina (SC)
Sagremos num hino de estrelas e flores
Num canto sublime de glórias e luz.
As festas que os livres frementes de ardores
Celebram nas terras gigantes da Cruz!

Quebram-se férreas cadeias,
Rojam algemas no chão;
Do povo nas epopéias
Fulge a luz da redenção!

No céu peregrino da Pátria gigante,
Que é berço de glórias e berço de heróis,
Levanta-se em ondas de luz deslumbrante,
O Sol, Liberdade cercada de sóis!

Pela força do Direito
Pela força da Razão
Cai por terra o preconceito
Levanta-se uma Nação!

Não mais diferenças de sangues e raças
Não mais regalias sem termo fatais,
A força está toda do povo nas massas,
Irmão somos todos e todos iguais!

Da Liberdade adorada,
No deslumbrante clarão
Banha o povo a fronte ousada
E vigora o coração!

O povo que é grande mas não vingativo
Que nunca a justiça e o Direito calou,
Com flores e destas deu vida ao cativo
Com festas e flores o trono esmagou!

Quebrou-se algema do escravo
E nesta grande Nação
É cada homem um bravo
Cada bravo um cidadão!

************************************
São Paulo (SP)
Paulista, pára um só instante
Dos teus quatro séculos ante
A tua terra sem fronteiras,
o teu São Paulo das bandeiras.
Deixa atrás o presente:
Olha o passado a frente!
Vem com Martim Afonso a São Vicente!
Galga a Serra do mar! Além lá no alto,
Bartira sonha sossegadamente
Na sua rede virgem do planalto.
Espreita-a entre a folhagem de esmeralda:
Beija-lhe a cruz de estrelas da grinalda:
Agora, escuta! Aí vem moendo o cascalho,
Bota-de-nove-léguas, João Ramalho.
Serra acima, dos baixos da restinga,
Vem subindo a roupeta
De Nóbrega e de Anchieta,
Contempla os campos de Piratininga!
Este é o colégio. Adiante está o sertão.
Vai! Segue a entrada! Enfrenta! Avança! Investe!
Norte-Sul-Este-Oeste,
Em “Bandeiras” ou “Monção”
Doma os índios bravios:
Rompe a selva, abre minas, vara rios:
No leito da jazida
acorda a pedraria adormecida:
Retorce os braços rijos.
E tira o ouro dos seus esconderijos.
Bateia, escorre a ganga,
Lavra, planta, povoa!
Depois volta a garôa.
E adivinha através dessa, cortina,
Na tardinha enfeitada de missanga,
A sagrada colina, ao grito do Ipiranga
Entreabre agora os véus!
Do cafezal, senhor dos horizontes,
Verás fluir, por planos, vales, montes,
usinas, gares, silos, cais, arranha-céus!


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Sergipe (SE)
Alegrai-vos, sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
De o seu imenso terreno
Em províncias separar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Isto se fez, mas, contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más conseqüências
Depois se verificou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Se vier danosa intriga
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

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Tocantins (TO)
O sonho secular já se realizou
Mais um astro brilha dos céus aos confins
Este povo forte
Do sofrido Norte
Teve melhor sorte
Nasce Tocantins

(Estribilho)
Levanta altaneiro, contempla o futuro
Caminha seguro, persegue os teus fins
Por tua beleza, por tuas riquezas.
É s o Tocantins!
Do bravo Ouvidor a saga não parou
Contra a oligarquia o povo se revoltou,
Somos brava gente,
Simples, mas valente,
Povo consciente.
Sem medo e temor.

(Estribilho)
De Segurado a Siqueira o ideal seguiu
Contra tudo e contra todos firme e forte
Contra a tirania
Da oligarquia,
O povo queria
Libertar o Norte!

(Estribilho)
Teus rios, tuas matas, tua imensidão
Teu belo Araguaia lembra o paraíso.
Tua rica história
Guardo na memória,
Pela tua Glória
Morro, se preciso!

(Estribilho)
Pulsa no peito o orgulho da luta de Palma
Feita com a alma que a beleza irradia,
Vejo tua gente,
Tua alma xerente,
Teu povo valente,
Que venceu um dia!

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